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terça-feira, 2 de julho de 2013

My Angus Please Stay

La Muguet du Metro - Robert Doisneau - Paris
Um oceano inteiro entre nós não importa quando você é a primeira pessoa que eu vejo de manhã. Como pode isso acontecer, quando eu te vi tão pouco? Como pode você estar sempre tão perto quando sempre houveram cidades, estados, oceanos entre a gente?

É pra você que eu conto as coisas engraçadas e é pra você que eu conto quando tenho um coração partido. É pra você que eu peço conselhos sobre homens, e aqui desse lado, esperando sua resposta, eu sorrio e imagino como seria se você me mandasse calar a boca e deixar esses caras pra lá, com sotaque carioca: "Deixa disso, menina, você sabe que tem que ficar comigo". Ao invés disso você me diz pra relaxar, que eu sempre vou ser boa demais pra eles.

Talvez eu precise ter um amor platônico pra me manter no chão, por mais paradigmático que isso pareça. Talvez eu precise ter você longe, e não perto. Talvez você ocupe um daqueles pedaços de coração que preenchem os espaços entre os cacos.

Talvez você seja um colete salva-vidas, que me impede de afundar como Veneza. Engraçado eu dizer isso, porque sempre pensei que eu é que fosse seu Mar Morto, mas no fim das contas, você é que é o meu. I never sink when you are with me. 

Eu ainda espero que um dia, numa esquina, num hotel, num parque ou numa praia, a gente se esbarre de novo e bote a conversa em dia, tomando uma cerveja. E lembre de tudo que nos aproximou, e ria de quando você conversava comigo trancado no banheiro. E aí eu escrevo uma dedicatória pra você naquele livro...

  • para ler ouvindo: M.A.P.S. - Yeah Yeah Yeahs
Wait, they don't love you like i love you
Wait, they don't love you like i love you
Ma-a-a-a-ps, wait! 
They don't love you like i love you...

Made off
Don't stray
My kind's your kind 
I'll stay the same

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