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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ausência de explicação

Photo by Helmut Newton
Eu ainda não encontrei uma metáfora pra você. Talvez eu nunca encontre, talvez você não precise de uma metáfora pra ficar perto de mim. Acho que nada que é tão bom quanto nós somos juntos precisa de metáfora.

Forget all that right and wrong b.s.. Come over. Crawl into my bed. Crawl into me. Ain't nothing bad about that. It's all good. It's all fine. It's all over us.

E quando eu acho que tudo passou, nós redesenhamos. Com outros tons, outros sons, outros gostos e outros toques. Vou dormir lembrando da gente. De como ficamos bonitos juntos. De como ficamos loucos e viramos animais famintos juntos.

We eat each other with our eyes. We eat each other with our hands. It's not just eating, it's devouring. Devouring in the most animal sense this word can possibly ever have.

O espelho vai refletir por muito tempo a mesma imagem. Você. Eu. Eu. Você. Suas mãos em mim. Me segurando do jeito que você tinha desejado e ensaiado a tarde inteira. E quem precisa de ensaio, quando os nossos movimentos fluem assim, tão naturalmente perfeitos.

Talvez, da mesma forma que não temos uma metáfora, também não nos seja necessário um começo e um fim. Nem ensaios, prosas e poesias. Nem desenhos ou espelhos. Talvez a gente seja a ausência de explicação.

  • para ler ouvindo: Nouvelle Vague - Dance with me
The way I want to love you
Well it could be against the law

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