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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Paper Aeroplane (Angus and Julia - parte 1)

Um amigo me apresentou a ela, e meu amigo também não a conhecia havia mais de 3 minutos quando nos apresentou. E claro que em tão pouco tempo ele não tinha como saber quem era aquela garota que passeava sozinha tão longe de casa. E ele também não tinha como saber que na sequência das conversas que tivemos, eu e ela, as coisas tomariam o rumo que tomaram.

-Aquele dia, no banco de trás do táxi, eu procurei tuas mãos a viagem inteira. Eu sei que você notou. Eu sei.
-Eu notei sim. Tu entende que eu me esquivo por que concordo contigo quanto aos perigos disso, né? Não queria parecer escroto.
-Desculpa. É que me falta uma peça. Não tenho freio, e muitas vezes não sei medir ou simplesmente frear o que faço e digo, explicitamente ou nas entrelinhas. Vou tentar parar com isso.
-Não. Não disse pra você parar. Você não é dócil, mas é doce. Eu gosto.

Assim, nossos diálogos variavam entre futebol, astronomia, coisas engraçadas, eleições, mimimis e nós, e esse assunto, apesar de ser o mais interessante, era o mais evitado. Eu, ainda que tentasse escapar, a deixei saber que gostaria de ver bem de perto aquele mapa mal desenhado e especialmente o quadril onde ele está tatuado e todo o resto da anatomia deste atlas. Mas sabemos que isso não devia acontecer.

Aí é que está, agora é possível e provável que vá acontecer. Eu não sei o que fazer.
-Você tem certeza que quer fazer isso? - ela perguntou e eu não respondi, pulei para outro assunto qualquer. Eu não tenho certeza, mas eu quero.

  • para ler ouvindo: Angus and Julia Stone - Paper Aeroplane

Up and down there it goes
Paper aeroplane
It hasnt flown the seven seas to you
But its on its way
It goes through the hands
Then to someone else
To find you girl


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