Esperava uma vaga no estacionamento do supermercado quando ele se aproximou caminhando. Ele me olhou, fixou os olhos em mim, abaixou a cabeça e seguiu até seu carro. Percebi que ele está bem mais magro, mas os olhos continuam lindos e vesguinhos.
Eu enrolei alguns minutos para sair do meu abrigo anti-bombas sobre quatro rodas, tempo suficiente para ver Superfantástico passando, num carro diferente do que eu conhecia, com a mão esquerda no volante e uma aliança grossa, linda e dourada no dedo anelar.
Minhas pernas tremeram, mas eu sorri. Eu gostei de saber que Superfantástico encontrou alguém incrível a quem dizer coisas bonitas bem baixinho no ouvido. Meu Superfantástico casou-se.
- para ler ouvindo: qualquer coisa do John Mayer, em especial do álbum Continuum.
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