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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um olho meu, um seu


Estava chovendo, a gente se esbarrou no calçadão, você me puxou pra baixo do seu guarda-chuva, me agarrou pelo pescoço e disse umas coisas bonitas no meu ouvido. Depois me deu um beijo na bochecha e se despediu. Assim foi a última vez que nos falamos.
O que você disse estava certo, aliás, você sempre estava certo quanto a mim, inclusive quando saiu de perto, cortou a corda e me deixou cair. Eu já me levantei, nos joelhos ralados ficaram cicatrizes, mas eles continuam fortes. Ainda mais fortes.
Superfantástico, tudo está saindo do papel conforme planejamos, e agora sinto tua falta de novo. Escrevo cartas de novo. Pilhas e pilhas de cartas, desenhos, rabiscos. Vez ou outra vejo seu nome sendo escrito pelos meus lápis de cor. Esboço os lugares que íamos ver juntos.
Vi esses lugares em outras companhias, vi esses lugares sozinha, mas eu sei (nós sabemos) que nos meus olhos sempre há também um pouco dos teus.

  • para ler ouvindo: John Mayer - 3x5


1 comentários:

Anônimo disse...

Ela é minha ilha da Fantasia
A mais avançada das terapias
Meu Playcenter

Ela é minha pista alucinada
A mais concorrida das baladas
Meu inferninho

Ela é meu esporte radical
Poderosa, viciante, mas não faz mal
Meu docinho

Ela é o que meu médico receitou
Rivaldo Maravilha mandando um gol
Minha chapação...

Galega
Nem dá pra dizer o que é estar com você

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