Pages

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Uma ventania.

É uma ventania, um vento sul que só quem é da ilha sabe dizer, um vento nordeste, um vento terral, um maral. É uma ventania. Venta o vento, venta a ilha, venta tudo o que além de mim me encanta.
O vento venta, venta, venta. Eu ando contra o vento. o Vento continua a ventar no mesmo sentido. Minhas pernas e meu corpo cansam. Dóem. Sofrem. Não sofrem mais que o vento que venta dentro da minha cabeça de vento.
Então, ventando tanto voa tudo nos meus olhos. Voa poeira. Voa areia. Voa vento. E eu fico cega por uns poucos momentos. É na escuridão, na escuridão do vento, que decido, vou ventar também. Vou ventar com o vento.
Vou com o vento, ao sabor do vento, sul, nordeste, maral, terral. Vou andar com o vento, ou voar com a poeira. Vou ventar, está decidido, registrado, assinado, três vias registradas em cartório. Agora eu vento com o vento. Agora minnha cabeça, minhas pernas e meu corpo são de vento. Eu vou com o vento.
"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar,
vale a pena ter nascido."
(Fernando Pessoa)

2 comentários:

Anônimo disse...

Buenas!@

Unknown disse...

Olá :] eu gosto do que você escreve haahha se isso te faz uma pessoa mais feliz(ou blogueira) no caso.

PS.: meu blog é no blogspot tbm mas nunca consegui colocar contador..vc saberia me ensinar? ._.'

Postar um comentário