Era uma tarde chuvosa de abril. Uma quarta-feira tediosa. Alguém observava a rua com seus binóculos, pela janela da sala de um apartamento, no sétimo andar do prédio amarelo, esquina da Rua das Violetas com a Avenida dos Ventos, quando passou Aurelie, do outro lado da rua. Andava rápido, parecia tensa e preocupada; vestia uma capa vermelha com um capuz que lhe cobria a cabeça, como se não quisesse ser reconhecida; esforço inútil. Era impossível não reconhecer a bela Aurelie e suas velhas botas de crocodilo.
Trazia nos braços um volume, que não se podia saber o que era. Olhava para os lados nervosa, talvez procurasse algo, e de repente desatou a correr. Correndo desesperadamente atravessou a rua, foi até a esquina e seguiu pela Rua das Violetas. Entrou na pequena casa verde, ao lado da velha banca de revistas, a mesma casa onde alguns minutos antes um homem havia entrado.
Aurelie abriu a porta, deixou o pacote com livros e o jornal do dia sobre a mesa, jogou a capa sobre uma cadeira qualquer. Gerard já a esperava, sentado no sofá encardido. Ainda ofegante ela contou achar que alguém a tivesse visto chegar lá, e temia que houvessem descoberto seu esconderijo. Ele nada disse, puxou Aurelie e a apertou conta o peito, beijou-lhe a boca e a moça se entregou como quem ansiava pelo encontro há anos; apesar de encontrá-lo todos os dias.
O sol se foi, e já fazia algum tempo que os amantes se haviam deixado, restando em cada um a saudade e ansiedade pela próxima tarde. A madrugada chegou, junto com os sonhos e os pesadelos. A luz do sétimo andar da esquina da Rua das Violetas com a Avenida dos Ventos continuava acesa, a Alguém ainda estava acordado naquele apartamento, fumando um ultimo cigarro.
O dia amanheceu tranqüilo, e a tarde chegou rápido para Aurelie. Ela tomou o bonde e saltou no ponto de costume, caminhou apressada ao longo da avenida, até a Rua das Violetas, parou na banca de revistas e comprou o jornal do dia, Gerard gostava de ler os obituários. Chegou a casa verde, entrou silenciosamente; mas ele ainda não estava lá. Sentou-se na cama e se pôs a ler o jornal, enquanto esperava.
No topo da pagina policial, estava a noticia do assassinato de um homem. Gerard Lorenz, 33 anos, fora esfaqueado. E o canto da pagina, em letras pequenas e sem qualquer destaque, anunciava que naquela noite Alguém havia se atirado do sétimo andar de um prédio amarelo.
Trazia nos braços um volume, que não se podia saber o que era. Olhava para os lados nervosa, talvez procurasse algo, e de repente desatou a correr. Correndo desesperadamente atravessou a rua, foi até a esquina e seguiu pela Rua das Violetas. Entrou na pequena casa verde, ao lado da velha banca de revistas, a mesma casa onde alguns minutos antes um homem havia entrado.
Aurelie abriu a porta, deixou o pacote com livros e o jornal do dia sobre a mesa, jogou a capa sobre uma cadeira qualquer. Gerard já a esperava, sentado no sofá encardido. Ainda ofegante ela contou achar que alguém a tivesse visto chegar lá, e temia que houvessem descoberto seu esconderijo. Ele nada disse, puxou Aurelie e a apertou conta o peito, beijou-lhe a boca e a moça se entregou como quem ansiava pelo encontro há anos; apesar de encontrá-lo todos os dias.
O sol se foi, e já fazia algum tempo que os amantes se haviam deixado, restando em cada um a saudade e ansiedade pela próxima tarde. A madrugada chegou, junto com os sonhos e os pesadelos. A luz do sétimo andar da esquina da Rua das Violetas com a Avenida dos Ventos continuava acesa, a Alguém ainda estava acordado naquele apartamento, fumando um ultimo cigarro.
O dia amanheceu tranqüilo, e a tarde chegou rápido para Aurelie. Ela tomou o bonde e saltou no ponto de costume, caminhou apressada ao longo da avenida, até a Rua das Violetas, parou na banca de revistas e comprou o jornal do dia, Gerard gostava de ler os obituários. Chegou a casa verde, entrou silenciosamente; mas ele ainda não estava lá. Sentou-se na cama e se pôs a ler o jornal, enquanto esperava.
No topo da pagina policial, estava a noticia do assassinato de um homem. Gerard Lorenz, 33 anos, fora esfaqueado. E o canto da pagina, em letras pequenas e sem qualquer destaque, anunciava que naquela noite Alguém havia se atirado do sétimo andar de um prédio amarelo.
3 comentários:
oi, Aurelie seria uma corruptela de Amelie? Amelie Poulian
nao..Aurelie eh o nome de uma musica do Wir sind Helden, e nem tem nada a ver com o texto... :)
Ahh, sorry. não conheço Wir sind Helden. qual stilo do som?
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