As mudanças que vem daqui pra frente me deixam animada, e ao mesmo tempo com medo. Animada, porque coisas novas sempre me animam, princpalmente em se tratando de uma viagem como essa, que eu sempre quis, e agora tenho a oportunidade de realizar, animada com tudo que eu vou ganhar com essa viagem, cultura, amigos, conhecimento, experiência; e com medo, porque não sei se realmente vou conseguir "mudar" certas coisas, que eu gostaria muito de mudar, pro meu bem, pro bem de algumas outras pessoas, com medo de essas mudanças não serem só em mim, com medo de deixar certas coisas pra trás, abandonar alguns sentimentos e algumas coisas em que eu me apoio e acabar me perdendo de vez.
Mudança pode ter vários sentidos, ainda não descobri onde mudei mais até agora, e onde pretendo mudar daqui pra frente, porque isso depende muita coisa, e disso depende muita coisa. Exemplo: minha vida!
Se eu escolher ir embora e não voltar mais eu posso realizar meu sonho de ser jornalista, e escrever pro resto da vida, e ter reconhecimento por isso um dia, quem sabe; e se eu escolher ficar eu posso realizar um outro sonho, mais recente talvez, mas não menos importante, que talvez não seja mais tão realizável assim, "...a simple kind of life...a simple man, so I could be a wife..."
Me parece lógico escolher ir embora e não voltar, mas isso eu penso agora, e eu nem sou tão lógica assim, afinal, não sou programada, não sou um computador pra agir sempre de forma lógica, e quem sabe quando eu estiver longe isso me pareça mais lógico ainda, e quem sabe isso perca a lógica também, e quem sabe essa lógica vire só... saudades do "simple man" e do "simple kind of life"
Mas até lá, pode ser que eu me torne alguém que você odeia, ou ame demais (eu prefiro assim!), e pode ser que você nem odeie nem ame, que eu seja só lembrança, e que já não faça diferença (isso doeria mais do que qualquer outra coisa)...
Eu não deveria mostrar meus medos e sentimentos assim, tão publicamente, e mesmo assim me sentir tão só, por não poder contar eles baixinho pra ninguém, por não ter ninguém além desse blog que possa compartilhar deles, que queira ouvir o que eu tenho a dizer, por não saber falar de mim, por não saber ser clara e direta, por só saber escrever, e nem isso direito.
Eu me escondi dentro de uma concha, feito uma ostra, e como uma ostra, trasformava as impurezas que me atingiam em pérolas, mas um dia tomaram a minha pérola, e me deixaram só concha, vazia, com alguns poucos sentimentos soltos e loucos pra fugir. Quando alguém se aproximou novamente, eu pensei que ia poder fazer pérolas outra vez, mas tive medo, tive medo de me roubarem o pouco que havia começado a construir dentro de mim; afastei quem queria me ajudar a criar as minhas pequenas pérolas e, mais uma vez, fiquei sozinha, concha vazia.
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