Quando eu tentei me matar pela primeira vez, nem foi uma tentativa tão explícita de suicidio. Comecei de dentro pra fora, não sabia como deixar de alimentar meu ódio pela futilidade do mundo, e conclui que a única saída seia morrer. Eu desisti do mundo.
Depois de algum tempo, ao analisar tudo isso percebi que desistir seria maior futilidade, que suicidar-me seria aceitar a vitória da futilidades do mundo sobre mim; contraiaria todos os meus princípios e atestaria minha enorme burrice. Além de tudo isso, é escancarada hipocrisia (talvez pretensão) afirmar que em mim não há nada de fútil.
E em meio às crises de adolescência, como todo mundo, eu qis mudar o mundo, juro que eu tentei, mas não consegui; por essas e outras (que talvez vocês saibam um dia) eu resolvi me mudar desse mundo, e criar outro só pra mim. Desde então é nele que eu vivo, num certo autismo, quase sempre perdida nas minhas viagens e divagações, cercada pelos meus textos e rabiscos sem sentido e confusos; porque é assim que eu sou, afina, confusa e sem sentido.
E peguntar por que me cortar... Por que me cortar? Porque só existe uma pessoa em que eu tenho o direito de descontar a raiva que sinto por ser tão fútil quanto todos.

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